terça-feira, 30 de setembro de 2008

...desenho universal...

Ao contrário do que à primeira vista possa parecer, o Desenho Universal não é o desenho do universo, mas sim o desenho de espaços, objectos ou software para um universo o mais alargado possível de pessoas com diferentes características ou condições... (até se pode chamar Design Inclusivo, porque pretende incluir mais pessoas...)
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Ao longo da história e até há bem pouco tempo, o projecto de espaços e objectos, baseava-se num modelo: um homem standard... Tratava-se dum adulto mediano em idade e feitio, mas a dar para o alto, espadaúdo e bem parecido (podem ver o Homem Vitruviano, celebrizado por Da Vinci ou o mais recente Modulor, de Le Corbusier)...
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Graças à evolução cultural (aquela mesma que alterou o conceito Homem para Ser Humano), lá se reconheceu que estes modelos representavam uma ínfima fatia da população. Claro que alterar um modo de pensar e de fazer enraizado há séculos, demora o seu tempo... E por isso, ainda são visíveis os remedeios possíveis: as rampas refundidas, as casas de banho divididas para homens, mulheres e deficientes, os lugares de estacionamento ou os assentos demarcados... (estes exemplos integram-se num princípio de Design Exclusivo, antagónico ao Inclusivo que promove a integração)
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Nesta fase, ainda temos muito que melhorar no campo das ideias! E proponho que, comecemos por reconhecer que os lugares e objectos para "deficientes", são para todos nós (com as nossas diversas fases e condições da vida)... Afinal, podemos ser ou estar: altos, baixos, gordos, magros, assim-assim, bebés, novos, crescidos, velhos, com bagagem, com o pé partido, de cadeira de rodas, com o carrinho das compras, com o carrinho de bebé, com o bebé ao colo, com o passo vagaroso, com o passo acelerado, com chapéu de chuva aberto, com a criança pela mão e o que mais se lembrem...
MDC

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