Mostrar mensagens com a etiqueta personalidades. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta personalidades. Mostrar todas as mensagens
quarta-feira, 23 de junho de 2010
"Cegos. O aprendiz pensou: "Estamos cegos", e sentou-se a escrever o Ensaio sobre a Cegueira para recordar a quem o viesse a ler que usamos perversamente a razão quando humilhamos a vida, que a dignidade do ser humano é todos os dias insultada pelos poderosos do nosso mundo, que a mentira universal tomou o lugar das verdades plurais, que o homem deixou de respeitar-se a si mesmo quando perdeu o respeito que devia ao seu semelhante. "

Discurso do laureado José Saramago | Prémio Nobel da Literatura em 1998
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Alice Vieira

Este foi o primeiro livro que recebi da Alice Vieira, "Águas de Verão"... Felizmente que tenho hábitos de leitura desde muito nova, permitindo-me apreciar este e outros livros da Alice, que eram sem dúvida dos meus preferidos... Curiosamente este ano, os seus livros fazem 30 anos (in público, 16Dez'09), tal como eu...
-
Um bom pretexto para oferecer (particularmente aos mais novos) no Natal que se avizinha, ou para refrescar as minhas leituras mais soturnas dos últimos tempos. Não se deixem levar por essa história do "não-gosto-de-ler", porque é um mito... A leitura aprende-se. Depois de saber juntar as letras e transformá-las em ideias, há que aprofundar a arte de saboreá-las... E para isso, quanto mais cedo na vida, melhor...
-
Até porque a leitura só traz benefícios - estimula a criatividade, melhora a concentração, afina as aptidões verbais e de raciocício, e ainda, é uma excelente companhia em qualquer situação de eventual solidão ou espera...
-
...FELIZ NATAL
e excelente ANO NOVO
com muitos e bons LIVROS...
domingo, 29 de novembro de 2009

Joana Vasconcelos

Pela primeira vez em muito tempo li a entrevista da DICA... Só porque a entrevistada da semana é Joana Vasconcelos... Esta artista plástica tem uma obra impressionante, misturando conceitos aparentemente antagónicos, como por exemplo arte contemporânea com o imaginário e as raízes culturais portuguesas, como a filigrana de Viana, o crochet ou o artesanato naturalista de Bordalo Pinheiro!
-
Descobri coisas óptimas nesta entrevista, por exemplo:
» fará uma exposição em Março de 2010 no Centro Cultural de Belém...
-
Já conhecia e aproveito para partilhar:
domingo, 22 de novembro de 2009

Paula Rego... entrevista e Casa das Histórias

Já lá fui...
Resumo em duas palavras...
vão também,
eventualmente num dia de Sol...

VISITAS GUIADAS:
Percurso Artístico: sábados e domingos às 11h
Casa das Histórias Paula Rego - arquitectura: domingos às 12h
Diálogos entre exposições: sábados às 12h
Uma obra de cada vez: 1º sábado do mês às 17h
Conta-me histórias: último sábado do mês às 17h

...na sequência disto que disse no dia 24-09-2009:

Estive a ouvir a entrevista da Paula Moura Pinheiro à Paula Rego no programa Câmara Clara... fascinante! Seleccionem o programa de 20 de Setembro no sítio do programa... Entretanto fui visitar o sítio da Casa das Histórias, projecto de Eduardo Souto Moura, recentemente inaugurada em Cascais, porque fiquei com mais vontade de ir e (surpreendentemente) a entrada é livre e a Casa está aberta das 10 às 22 horas... Definitivamente, a não perder!
mdc
terça-feira, 22 de setembro de 2009

Para reflectir...A paz de Gandhi


Gandhi afirmava que a não violência era o seu primeiro artigo de fé e também o último artigo de seu credo. Foi um lutador contra a injustiça. Dizia da coragem silenciosa de morrer sem matar, e que o perdão realçava o valor do soldado.
Em 2002, a Academia Universal das Culturas discutiu em Paris a paz nos dias de hoje e concluíram que em tempo de globalização isto seria impossível.
E num artigo Umberto Eco chegou a afirmar "A paz universal é como desejo da imortalidade, tão difícil de satisfazer que as religiões prometem para depois da morte.
Para reflectir a Paz é preciso lembrar Gandhi que teve palavras iluminadoras, verdadeiras estrelas.
Diante deste contexto é importante lembra-lo, é importante estabelecer um paralelo entre a paz e a estupidez de governantes que utiliza da vulgaridade do comércio da guerra, da destruição de edifícios de hospitais, da indústria e do alto facturamento económico para os produtores de materiais bélicos que com certeza financiam governantes, não se importando com famílias dizimadas, com crianças mutiladas ou com a imprensa permanentemente de luto, graças, aos assassinatos de seus repórteres e jornalistas, nada disto comove os facínoras travestidos de humanismos, que permanecem em seus postos de comando sob a égide de um culto ou de uma crença.
Gandhi afirmava " a guerra que aqui se desenvolve mostra a futilidade da violência, o ódio que mata sempre, enquanto que o amor não mata nunca. Tenho por objecto a amizade com o mundo inteiro. Quero unir o maior amor à mais firme posição do mal."
Diante do contexto, reflectimos que as lições de ódio, tiranias e a falta de carácter de alguns homens públicos, que traçam a guerra para desviar a atenção da sua capacidade gerêncial administrativa não deve sobrepor a exemplos de amor. Que já assimilamos.
E concluímos numa frase de Gandhi, " A verdade é dura como diamante e frágil como a flor do pêssego".

por Manoel Messias Pereira

(via Artilleria del Pensamiento)

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

11 de Setembro de 1973

11 de Setembro.

Actualmente a data é conotada com os atentados terroristas às duas torres gémeas de Nova Iorque, há oito anos atrás. Foi muito dramático, triste, doloroso. Sim, é certo. Os inocentes que morreram naquele dia são as vítimas do seu próprio sistema, e que pagaram com a própria vida os erros, que os seus sucessivos governos praticam, há décadas. Pela guerra, pela invasão e pelo terror, que submetem os outros povos.

Há 36 anos, a 11 de Setembro de 1973, com o apoio dos EUA e o seu presidente Gerald Ford, com a colaboração da CIA e de algumas multinacionais, Augusto Pinochet ordenou às Forças Armadas, praticarem um golpe de estado violento e sangrento, que derrubou o governo socialista, democraticamente eleito de Salvador Allende. Naquela manhã, onde se encontrava exilado no Palácio de La Moneda, pela rádio transmitiu as suas últimas palavras destinadas ao seu povo:
"Pagarei com a minha vida a lealdade do povo."

O que se sucedeu, foi dantesco. O povo chileno foi perseguido, torturado, massacrado. O estádio do Chile foi transformado num campo de concentração. Entre muitos encontrava-se Victor Jara. Conta-se que foi torturado durante quatro dias. Nesses dias ainda conseguiu escrever a ultima canção, escondida pelos seus companheiros:

Somos cinco mil
en esta pequeña parte de la ciudad
Somos cinco mil
Cuántos seremos en total
en las ciudades y en todo el país?
Sólo aquí, diez mil manos que siembran
y hacen andar las fábricas.

Cuánta humanidad
con hambre, frío, pánico, dolor,
presión moral, terror y locura!

Seis de los nuestros se perdieron
en el espacio de las estrellas.

Un muerto, un golpeado como jamás creí
se podría golpear a un ser humano.
Los otros cuatro quisieron quitarse todos los temores
uno saltando al vacío,
otro golpeándose la cabeza contra el muro,
pero todos con la mirada fija de la muerte.

Qué espanto causa el rostro del fascismo!
Llevan a cabo sus planes con precisión artera
sin importarles nada.
La sangre para ellos son medallas.
La matanza es acto de heroísmo.
Es éste el mundo que creaste, Dios mío?
Para esto tus siete días de asombro y de trabajo?
En estas cuatro murallas sólo existe un número
que no progresa,
que lentamente querrá más la muerte.

Pero de pronto me golpea la conciencia
y veo esta marea sin latido,
pero con el pulso de las máquinas
y los militares mostrando su rostro de matrona
lleno de dulzura.

Y México, Cuba y el mundo?
Que griten esta ignominia!
Somos diez mil manos menos
que no producen.
Cuántos somos en toda la Patria?
La sangre del compañero Presidente
golpea más fuerte que bombas y metrallas.
Así golpeará nuestro puño nuevamente.

Canto que mal me sales
cuando tengo que cantar espanto!
Espanto como el que vivo
como el que muero, espanto.
De verme entre tanto y tantos
momento del infinito
en que el silencio y el grito
son las metas de este canto.
Lo que veo nunca vi,
lo que he sentido y lo que siento
hará brotar el momento...

Os relatos de presos presentes no estádio, contam que o cantor teve as mãos quebradas durante as sessões de tortura. No seu último fôlego e sob tortura Jara pôs-se de pé e cantou o hino da Unidade Popular “Venceremos” :
(…)
Venceremos, venceremos,
Mil cadenas habrá que romper,
Venceremos, venceremos,
La miseria sabremos vencer.

Campesinos, soldados, mineros
La mujer de la patria también,
Estudiantes, empleados y obreros,
Cumpliremos con nuestro deber.

Sembraremos las tierras de gloria,
Socialista será el porvenir,
Todos juntos haremos la historia,
A cumplir, a cumplir, a cumplir
(…)

Um ano mais tarde, após o golpe militar, o presidente Gerald Ford declarou à imprensa que aquilo os Estados Unidos fizeram no Chile "...foi nos melhores interesses do Povo chileno e certamente nos nossos melhores interesses". ...duvido muito pelos interesses do povo chileno, não duvido nada pelos interesses dos EUA.

***

Na pesquisa que fiz encontrei um poema que foi dedicado ao cantor Victor Jara. Eu pessoalmente não conheço o autor, mas é muito bonito:

CANTO PARA AS MÃOS PARTIDAS DE VICTOR JARA
por Pedro Tierra

Quisera chorar teus dedos dilacerados:
raízes do meu canto subterrâneo.
Quisera chamar-te ?Hermano?
como a infância dos rios
lava o rosto da terra,
mas minha boca sangrava
um silêncio de canções amordaçadas.

De tuas mãos se dirá um dia:

geravam pássaros de sangue
como as primaveras da lua.
Tuas mãos,
tristes descendentes das canções araucanas,
tuas mãos mortas,
casa de canções decepadas,
tuas mãos rotas,
últimas filhas do vento,
guitarras enterradas sem canto,
sementes de fuzis,
seara de sangue.

Quisera entregar

minhas mãos inúteis
ao cepo de teus carrascos.

No Chile, com a ditadura de Pinochet, o povo chileno, viveu longos anos de perseguições, de desaparecimentos, de massacres, de ditadura.
Pretendo com estas linhas apenas relembrar. Para que não se esqueça, para que não se volte a repetir! O Mundo não se pode esquecer.

´
sábado, 13 de junho de 2009

António Variações

Foi há 25 anos que partiu, mas por cá deixou saudades...
Uma pequena homenagem a alguém que, apesar de viver numa época machista, preconceituosa e retrógrada, nunca deixou de lutar pelos seus sonhos, ideais e forma de vida.

Para muitos era um esquisitóide, mas, felizmente para muitos outros, foi um dos que deu o primeiro passo na ruptura de barreiras e preconceitos. Foi na música que mais se evidenciou, além do seu estilo extravagante e excêntrico! Quem o conheceu diz que viveu fora da época, nasceu trinta anos antes...

Hasta...
sexta-feira, 12 de junho de 2009

Yann Arthus Bertrand

Sei muito pouco acerca da pessoa, mas adoro o seu trabalho!

Entre muitos este é um dos génios da fotografia que admiro! Fotógrafo e amante da natureza relata a sua vida através de fotos. Viveu no Quénia durante vários anos e no Ruanda onde fotografou Diane Fossey e os "seus gorilas na bruma"...
É repórter das revistas Paris Match, Life e do National Geographic, há quem diga que reinventou a arte de ver o mundo.

Um dos seus últimos trabalhos "The Earth from Above" é uma colecção de fotos lindíssimas, de momentos, vidas e lugares do nosso planeta, descobertos e agora tornados imortais de uma forma única e admirável.

É concerteza uma história de vida, um legado riquíssimo para o futuro, uma mensagem e um grito de alerta e ao mesmo tempo de esperança.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Vasco Granja

Na hora da partida, ficam as recordações...
Sem dúvida, uma das presenças televisivas mais felizes da minha infância...
Deixo a ligação para uma Entrevista...


MDC