quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Ensaio sobre a Cegueira

Li o Ensaio sobre a Cegueira, de José Saramago, assisti à peça de teatro pelo grupo "O Bando" no Teatro da Trindade e agora ao filme, por Fernando Meirelles... Três formas de expressão para a mesma história que, das três vezes, me deixou com uma espécie de murro no estômago contínuo... Não posso dizer que tenha gostado... As coisas essenciais são assim, não se gostam ou desgostam, estão lá simplesmente, tal como são, para quem as quiser e puder, ver!!!
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Em certos momentos dei comigo a pensar "ufa... ainda bem que eu já estava preparada para isto!"... Já um amigo, que não leu o livro, ficou bastante abananado com a história, ou pelo menos com a síntese desta! Ele teve a vantagem de conhecer a história assim de chofre, a cores, com caras e contextos cénicos e urbanos... Teve a síntese do choque, concentrado, portanto! Eu, lendo primeiro a história, tive a vantagem de imaginar, as caras e os contextos e de acompanhar mais de perto, quase por dentro, toda a vida das personagens que o autor terá decidido comunicar e que eu, comigo mesma, complementei!
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Outros amigos ficaram (depois do filme) com vontade de ler a obra literária! E isso, muito me alegra... Parece-me que, infelizmente, a maior parte das pessoas tem a literatura de Saramago, como enfadonha, sem nunca a ter experimentado! Bem haja este filme, passado no circuito mainstream de cinema, contribuirá certamente para quebrar um pouco este preconceito! Pesado, denso, sim, será... mas nunca enfadonho, antes profundamente inquietante!
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Deixo o vídeo com a reacção do autor da obra literária perante a obra cinematográfica e o autor desta!
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MDC

1 comentários:

Unknown disse...

Acabei por não dizer nada quando foram ver o filme, porque já o tinha visto e só agora me pude dirigir a este belo espaço para comentar. E o meu comentário vai exactamente no sentido do teu post. Nunca estamos sós no que sentimos, é bem verdade...
Grande livro e grande filme. Aconselho vivamente a usufruirem do prazer que os dois proporcionam.