QUANTO À PETIÇÃO «A Favor da Redução do Número de Deputados na Assembleia da República de 230 para 180»
Vou viver cantando o dia tão quente que faz
Homem ver criança buscando conchinhas no mar
Trabalho o dia inteiro pra vida de gente levar
Água vira sal lá na salina
Quem diminuiu água do mar
Água enfrenta sol lá na salina
Sol que vai queimando até queimar
Trabalhando o sal pra ver a mulher se vestir
E ao chegar em casa encontrar a família sorrir
Filho vir da escola problema maior é o de estudar
Que é pra não ter meu trabalho e vida de gente levar
Voz de Elis Regina
Poema de Milton Nascimento
Por la blanda arena que lame el mar
su pequeña huella no vuelve más
Un sendero sólo de pena y silencio
llegó hasta el agua profunda
Un sendero sólo de penas mudas
llegó hasta la espuma
Sabe Dios qué angustia te acompañó
qué dolores viejos calló tu voz
Para recostarte arrullada
en el canto de las caracolas marinas
La canción que canta en el fondo
oscuro del mar la caracola
Te vas Alfonsina con tu soledad
¿qué poemas nuevos fuiste a buscar?
Una voz antigua de viento y de sal
te requiebra el alma y la está llevando
Y te vas hacia allá como en sueños
dormida, Alfonsina, vestida de mar
Cinco sirenitas te llevarán
por caminos de algas y de coral
Y fosforescentes caballos marinos
harán una ronda a tu lado
Y los habitantes del agua van a jugar
pronto a tu lado
Bájame la lámpara un poco más
déjame que duerma, nodriza, en paz
Y si llama él, no le digas que estoy
dile que Alfonsina no vuelve
y si llama él, no le digas nunca que estoy
Di que me he ido
Te vas Alfonsina con tu soledad
¿qué poemas nuevos fuiste a buscar?
Una voz antigua de viento y de sal
te requiebra el alma y la está llevando
Y te vas hacia allá como en sueños
dormida, Alfonsina, vestida de mar
Este poema argentino é uma homenagem à poetisa Alfonsina Storni, e foi dado a conhecer ao mundo pela voz de Mercedes Sosa, também conhecida por "La negra Sosa", cantora e representante da música tradicional argentina.

poema de Eugénio de Andrade
Imagem de Gustav Klimt, DANAE

poema de Eugénio de Andrade
imagem de Gustav Klimt
Elogio da Dialéctica
A injustiça avança hoje a passo firme.
Os tiranos fazem planos para dez mil anos.
O poder apregoa: as coisas continuarão a ser como são.
Nenhuma voz além da dos que mandam.
E em todos os mercados proclama a exploração: isto é apenas o meu começo.
Mas entre os oprimidos muitos há que agora dizem:
Aquilo que nós queremos nunca mais o alcançaremos.
Quem ainda está vivo nunca diga: nunca.
O que é seguro não é seguro.
As coisas não continuarão a ser como são.
Depois de falarem os dominantes
Falarão os dominados.
Quem pois ousa dizer: nunca?
De quem depende que a opressão prossiga? De nós.
De quem depende que ela acabe? Também de nós.
O que é esmagado, que se levante!
O que está perdido, lute!
O que sabe ao que se chegou, que há aí que o retenha?
Porque os vencidos de hoje são os vencedores de amanhã.
E nunca será: ainda hoje.
Bertolt Brecht
"Um dia que já lá vai D. João o Segundo, nosso rei, perfeito de cognome e a meu ver humorista perfeito, deu a certo fidalgo uma ilha imaginária, diga-me você se sabe doutro país onde pudesse ter acontecido uma história como esta, E o fidalgo, que fez o fidalgo, foi ao mar à procura dela, gostaria bem que me dissessem como se pode encontrar uma ilha imaginária. A tanto não chega a minha ciência, mas esta outra ilha, a ibérica, que era península e deixou de o ser, vejo-a eu como se, com humor igual, tivesse decidido meter-se ao mar à procura dos homens imaginários."
em "Jangada de Pedra" de José Saramago
em vez de produzir riq

Mas ricos sem riqueza. Na realidade, melhor seria chamá-los não de ricos mas de endinheirados.
Rico é quem possui meios de produção.
Rico é quem gera dinheiro e dá emprego.
Endinheirado é quem simplesmente tem dinheiro. Ou que pensa que tem. Porque, na realidade, o dinheiro é que o tem a ele. A verdade é esta: são demasiados pobres os nossos "ricos". Aquilo que têm, não detêm. Pior: aquilo que exibem como seu, é propriedade de outros. É produto de roubo e de negociatas. Não podem, porém, estes nossos endinheirados usufruir em tranquilidade de tudo quanto roubaram. Vivem na obsessão de poderem ser roubados. Necessitavam de forças policiais à altura. Mas forças policiais à altura acabariam por lançá-los a eles próprios na cadeia. Necessitavam de uma ordem social em que houvesse poucas razões para a criminalidade.
Mas se eles enriqueceram foi graças a

(uma sugestão do amigo Eduardo Dores)
as imagens são de Sebastião Salgado
Mia Couto ao escrever estas palavras referia-se à realidade africana. No entanto, nas nossas sociedades ditas industrializadas, o flagelo da pobreza e da corrupção é igualmente visivel e até "aceitável" ao ponto de a encararmos como "normal". Mas não o é.
Pelas palavras de Sophia de Mello Breyner:
25 DE ABRIL
Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo
A Revolução é contínua, pela mudança de mentalidades e pela adequação aos tempos, nunca esquecendo os nossos direitos nem os nossos deveres.
Revolução é a procura constante de uma vida melhor e com qualidade, é transformar a sociedade, numa sociedade mais humanizada, é promover um futuro melhor para os nossos filhos.
25 DE ABRIL SEMPRE!
Mas aprender com eles é crescer...amadurecer, tornar-nos humildes e melhores pessoas.
Erramos! pois claro que sim...somos humanos, somos homens e mulheres às voltas com uma vida, que nem sempre é fácil. Mas podemos escolher e mudar para melhores caminhos. Podemos pedir desculpa, podemos melhorar, podemos perdoar. Podemos dar tempo ao tempo e tentar de novo, conhecer outras pessoas, outras oportunidades, outros amigos, outros amores....
I've used hammers made out of wood
i have played games with pieces and rules
i undeciphered tricks at the bar
but now you're gone, i haven't figured out why
i've come up with riddles and jokes about war
i've figured out numbers and what they're for
i've understood feelings and i've understood words
but how could you be taken away?
and wherever you've gone
and wherever we might go
it don't seem fair...today just disappeared
your light's reflected now, reflected from afar
we were but stones, your light made us stars
with heavy breath, awakened regrets
back pages and days alone that could have been spent, together..
but we were miles apart
every inch between us becomes light years now
no time to be void or save up on life
you got to spend it all..
and wherever you've gone
and wherever we might go
it don't seem fair...you seem to like it here
your light's reflected now, reflected from afar
we were but stones, your light made us stars
and wherever you've gone
and wherever we might go
it don't seem fair...today just disappeared
your light's reflected now, reflected from afar
we were but stones, your light made us stars...
Pearl Jam in "Binaural"

um poema de Carlos Drummond de Andrade
Uma opinião muito pessoal, e uma vez que é do domínio público:
No dia 11 de Fevereiro, pela manhã, a Comissão Sindical do STAL, promoveu em Alverca do Ribatejo, uma jornada de luta, com alguns trabalhadores afectos à Junta de Freguesia de Alverca, nomeadamente, cantoneiros de limpeza, jardineiros e auxiliares de serviços gerais, denominados agora, como Assistentes Operacionais.
Os trabalhadores envolvidos, debatem-se pelo direito à “opção gestionária”, direito este que ainda lhes é reservado, para que possam ser promovidos em termos de carreira e actualização dos seus salários, tendo em conta a sua avaliação.
Nota: Opção gestionária – artigo 46.º da Lei n.º 12-A/2008 de 27/2. Alteração do posicionamento remuneratório, em que, resumidamente refere:
· Considerando as verbas orçamentais previstas ou destinadas a suportar a alteração do posicionamento remuneratório, o órgão máximo, decide se, e em que medida se propõe suportar os encargos decorrentes destas alterações, incluindo a alteração da categoria ou serviço.
· Fixa, fundamentadamente, o montante máximo, dos encargos que se propõe suportar, bem como, onde, as alterações do posicionamento remuneratório, podem ter lugar.
· Pode ainda acontecer que, as alterações podem não ter lugar em todas as carreiras, ou em todas as categorias de uma mesma carreira, ou ainda, relativamente a todos os trabalhadores integrados em determinada carreira.
De referir que, o actual Presidente de Junta, praticou a “opção gestionária” apenas a 6 trabalhadores, deixando todos os outros, que também acumulavam as condições para serem promovidos, “para trás”, injustificadamente, considerando que havia dotação prevista no orçamento, para este universo de trabalhadores.
É também importante referir, que a este universo de trabalhadores, em média, equivalem salários inferiores ou equivalentes a € 500,00 aproximadamente. Os mesmos não são promovidos tanto nas carreiras como nos salários há pelo menos 12 anos, tendo em conta o congelamento das mesmas e a falta de consideração do executivo. Não têm tido qualquer formação profissional, o fardamento que usam, para sua protecção é paupérrimo.
Desde já esclarecer uma coisa, o problema não está em quem foi promovido, o problema está sim, em quem não foi, e porque não foi. Infelizmente e como era de se esperar, esta situação criou algum mau estar entre as pessoas."Dividir para reinar" é o que acontece. Há "opções" que eu não entendo:
Porquê se proporem a um trabalho público, se não é o bem da população ou da comunidade que se pretende?
Não é mais fácil trabalhar com um grupo de pessoas motivadas e satisfeitas?
Porque é que nas autarquias locais, se gasta tanto dinheiro dos contribuintes desnecessariamente, e não se promovem os trabalhadores que se dedicam ao seu trabalho, os quais, dentro das suas capacidades, dão o melhor que podem e que sabem?
Já para não falar daqueles ordenados pincipescos que se pagam àqueles senhores que ocupam um posto de trabalho de confiança politica, como se chama?, os acessores!!... se nos lembrarmos de comparar os __mil e tal euros que ganham, contando com as ajudas de custo, os carros e os telemóveis que estão à disposição, é quanto a mim, no mínimo imoral, comparando com os € 100, que sejam!, que estes trabalhadores receberiam a mais por cada mês.
A crise social que se vive e a constante desvalorização laboral à qual acresce obrigatoriamente a desvalorização humana, julgo, que no mínimo, moralmente o executivo da Junta de Freguesia de Alverca do Ribatejo, deveria de olhar para os funcionários que tem, e tratá-los com mais dignidade, que é a que merecem.
Dignidade é aquela palavra que se aplica, é aquilo que o Sr. Presidente da Junta não teve, pois durante a manifestação, nunca se dirigiu aos seus trabalhadores para conversar ou para chegar a algum acordo, além de ter chamado a polícia ao local, que, a meu ver, trataram todos os presentes com muito respeito.
A automação e a inteligência artificial têm tido um desenvolvimento avassalador. A máquina, de forma crescente, possui mais dados, mais conhecimento e melhor capacidade de decisão. Cada vez é mais inteligente e mais autónoma. E cada vez menos precisa de ser dirigida pelo homem.A tecnologia está cada vez mais próxima de produzir sozinha. O desenvolvimento tecnológico é exponencial em todos os campos que se considere. Donde, no binómio homem-máquina na produção, o homem tem cada vez menos peso. Em breve não terá praticamente nenhum e a máquina produzirá sozinha.Nessa altura, a fábrica totalmente automatizada não poderá ser privada. Porque não existirão trabalhadores com salários, e sem salários não há poder de compra. Sem poder de compra não há vendas. Sem vendas não há lucros. Sem lucros não há empresas privadas. Qualquer empresa automatizada, seja o que for que produza, terá necessariamente de pertencer ao grupo, à comunidade, à sociedade.O número crescente de desempregados a par do desenvolvimento exponencial do hardware e do software estão aí para prová-lo. Vamos acelerar a transição ou vamos permanecer agarrados a um passado de emprego condenado ao desastre social?É a tecnologia que está a substituir o homem no trabalho. É por isso que o velho paradigma do emprego está moribundo. É necessário criar rapidamente, com o auxílio da tecnologia, um mundo mais justo, mais redistributivo e mais humano.(...)


Basta pensar em todas as coisas que produzimos e consumimos.
Imagine ver todos o alimentos que come empilhados em na sua frente, todas as latas de refrigerante que bebe, toda a água que utiliza, todas as roupas que compra, a quantidade de combustível que o seu carro consome, todos os resíduos que geram, todas as coisas que são utilizadas em cada dia…
Este documentário mostra-nos como as nossas acções podem levar a consequências devastadoras e a graves repercussões ambientais. Leva-nos a uma empolgante viagem para quantificar a média de vida americano. Os resultados são impressionantes, por vezes chocantes e outras cómicas, mas sempre revelando uma perspectiva diferente sobre um estilo de vida...
“Home” vai ajudar-nos a perceber a nossa relação com o nosso planeta. Serão revelados, em simultâneo, as preciosidades que ela nos oferece e as marcas que deixamos para trás, com um único objectivo: encorajar-nos a proteger o nosso Mundo!
O fenómeno do aquecimento global está a tomar proporções alarmantes, como a comunidade científica está mobilizada Será que o nosso planeta pode escapar do pior?
Este documentário segue o ciclo do carbono com impressionantes sequências de animação para ilustrar o papel que este desempenha um elemento fundamental no ciclo de vida.