sexta-feira, 1 de maio de 2009

Dia Internacional do Trabalhador

1º de Maio

Hoje uma rapariga uns 10 anitos mais nova que eu perguntou-me "porque é que hoje é feriado!?"... Fiquei surpreendida com a pergunta, por diversas razões e mais uma, o facto de ela a ter dirigido a mim... Pensei um pouco... Para que servem estes Dias Internacionais disto e daquilo!? Servem para reflectirmos um pouco sobre o tema em questão... Servem para recordar acontecimentos importantes no desenvolvimento cultural e social da humanidade! Às vezes, servem também para animar o comércio em alturas mais paradas!
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Este dia porém, tem uma característica diferente da maior parte dos outros, porque se refere não a uma minoria, mas a uma maioria, não a uma ideia religiosa de fé, mas a uma ideia concreta que nos influencia todos os dias, os que trabalhamos e os que descansamos do trabalho!
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Mas não foi isto que me lembrei de lhe dizer... O que eu lhe disse mais ou menos, foi que este dia lembrava que nem sempre foi assim... Nem sempre, aqueles que trabalham tiveram horário, ou férias, ou ordenado fixo... Pelo contrário, até há pouco tempo atrás, havia, inclusivamente no nosso país, praças da jorna, onde aqueles homens que não tinham meios de produção, nem terra para cultivar, nem máquinas para fabricar, íam bem cedo, a fim de serem escolhidos por algum outro homem que detivesse esses bens e pagasse pelo seu trabalho durante pelo menos 1 dia... E, se recuarmos um pouco mais atrás no tempo, todos sabemos que já existiu pior, a escravatura...
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Temos vindo a evoluir, é certo... À custa de muita luta feita por homens e mulheres ao longo de muitos anos... Nos últimos 2 séculos, desde a revolução industrial, houve greves e manifestações, protestos e conversações... E a pouco e pouco, tem-se caminhado no sentido de atribuir maior justiça aquela que é a realidade do trabalho, da produção, do lucro... Conforme as coisas estão, existem inveitavelmente dois universos em conflito, o daqueles que detêm uma máquina, uma terra, uma fábrica ou um escritório e aqueles que lá vão trabalhar...
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Claro que ainda há um longo caminho a percorrer... E muito embora, se oiça por aí que as greves, as manifestações e os sindicatos estão fora de moda, a verdade é que têm sido os caminhos encontrados para procurar equilibrar este confronto...
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Na altura em que aqui escrevo, em várias cidades do mundo, muitas pessoas percorrem a pé ruas importantes, eventualmente gritando palavras de indignação e exigência... E é assim que o mundo muda, caminhando, dois passos para a frente, um para trás...
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MDC

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