...Sei, também, quanto é preciso, pá
Navegar, navegar...
Esta música, da autoria de Chico Buarque, inspirada na revolução dos cravos de 25 de Abril de 1974, foi editada integralmente apenas em Portugal em 1975! No Brasil, naquela altura, a letra da música foi censurada e foi apenas editada uma versão instrumental!
Fica aqui uma lembrança simbólica daquilo que é, por um lado a falta de liberdade de expressão, por outro a alegria expressada por alguém do outro lado de tanto mar brindando à nossa alegria!
MDC
valor para apoiar projectos na Grande Lisboa (construção e recuperação de 22 escolas do 1º ciclo e rede pré-escolar de 13 municípios, programas de visitação de áreas protegidas em Vila Franca de Xira e no Parque Natural Sintra-Cascais, um Laboratório de Ideias em Almada, a modernização da rede de escolas de hotelaria de Setúbal; uma exposição sobre o mundo português nos séculos XVI e XVII; criação de Orquestras Sinfónicas Juvenis com a participação de jovens de bairros críticos de seis municípios: Amadora, Loures, Oeiras, Sesimbra, Sintra e Vila Franca de Xira); 18 milhões de euros são fundos comunitários disponibilizados através do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) para a Área Metropolitana de Lisboa
valor investido pelo Governo na compra de 400 mil doses de vacinas destinadas à prevenção do cancro do colo do útero
23 de Abril
fonte: UNESCO
Tropeçavas nos astros desastradaLivros
Quase não tínhamos livros em casa
E a cidade não tinha livraria
Mas os livros que em nossa vida entraram
São como a radiação de um corpo negro
Apontando pra a expansão do Universo
Porque a frase, o conceito, o enredo, o verso
(E, sem dúvida, sobretudo o verso)
É o que pode lançar mundos no mundo.
Tropeçavas nos astros desastrada
Sem saber que a ventura e a desventura
Dessa estrada que vai do nada ao nada
São livros e o luar contra a cultura.
Os livros são objetos transcendentes
Mas podemos amá-los do amor táctil
Que votamos aos maços de cigarro
Domá-los, cultivá-los em aquários,
Em estantes, gaiolas, em fogueiras
Ou lançá-los pra fora das janelas
(Talvez isso nos livre de lançarmo-nos)
Ou o que é muito pior por odiarmo-los
Podemos simplesmente escrever um:
Encher de vãs palavras muitas páginas
E de mais confusão as prateleiras.
Tropeçavas nos astros desastrada
Mas pra mim foste a estrela entre as estrelas.
Quando eu me encontrava preso
Na cela de uma cadeia
Foi que vi pela primeira vez
As tais fotografias
Em que apareces inteira
Porém lá não estavas nua
E sim coberta de nuvens...
(...)Ninguém supõe a morena
Dentro da estrela azuladaNa vertigem do cinemaMando um abraço prá tiPequenina como se eu fosseO saudoso poetaE fosses a Paraíba...(...)Eu estou apaixonado
Por uma menina terra
Signo de elemento terra
Do mar se diz terra à vista
Terra para o pé firmeza
Terra para a mão carícia
Outros astros lhe são guia...
(...)Eu sou um leão de fogoSem ti me consumiriaA mim mesmo eternamenteE de nada valeriaAcontecer de eu ser genteE gente é outra alegriaDiferente das estrelas...(...)De onde nem tempo, nem espaço
Que a força mãe dê coragem
Prá gente te dar carinho
Durante toda a viagem
Que realizas do nada
Através do qual carregas
O nome da tua carne...
(...)Na sacada dos sobradosDas cenas do SalvadorHá lembranças de donzelasDo tempo do ImperadorTudo, tudo na BahiaFaz a gente querer bemA Bahia tem um jeito...Terra! Terra!Por mais distanteO errante naveganteQuem jamais te esqueceria?Terra!
» Uma Abelha na Chuva, Carlos de Oliveira
» O Homem que Sabia Contar, Malba Tahan
» Dom Quixote, Miguel Cervantes
» Dicionário Khazar (versão feminina), Milorad Pavic
» O Rei, o Sábio e o Bobo, Shafique Keshavjee
» Avó Dezanove e o Segredo do Soviético, Ondjaki
» Crônicas, Óscar Niemeyer
» Jerusalém, Gonçalo M. Tavares
» Requiem para o navegador solitário, Luís Cardoso
» Requiem por Irina Ostrakoff, Leal de Carvalho
» O Apocalipse dos Trabalhadores , Valter Hugo Mãe
» Toda a Geografia do Mundo, Jean Claude Barreau & Guillaume Bigot
» A Última Colina, Urbano Tavares Rodrigues
» Terra do pecado, José Saramago
» Manual de pintura e caligrafia, José Saramago
» Objecto quase, José Saramago
» Poética dos cinco sentidos - O ouvido, José Saramago
» Levantado do chão, José Saramago
» A jangada de pedra, José Saramago
» A bagagem do viajante, José Saramago
» Cadernos de Lanzarote, José Saramago
» O homem duplicado, José Saramago
» Que farei com este livro?, José Saramago
» A segunda vida de Francisco de Assis, José Saramago
» In Nomine Dei, José Saramago
» As Cidades Invisíveis, Italo Calvino
» Cosmicómicas, Italo Calvino
» O Perfume, Patrick Süskind
» Memorial do convento, José Saramago
» O ano da morte de Ricardo Reis, José Saramago
» História do Cerco de Lisboa, José Saramago
» Evangelho segundo Jesus Cristo, José Saramago
» Ensaio sobre a Cegueira, José Saramago
» Todos os nomes, José Saramago
» O conto da ilha desconhecida, José Saramago
» A caverna, José Saramago
» Ensaio sobre a lucidez, José Saramago
» As intermitências da morte, José Saramago
» As pequenas memórias, José Saramago
» A Viagem do Elefante, José Saramago
...filmes que quero ver...
» Metropolis, Fritz Lang
» No Country for Old Men / Este país não é para velhos, Ethan e Joel Coen
» Shine / Simplesmente Genial, Scott Hicks
» Mar Adentro, Alejandro Amenábar
» A Comédia de Deus, João César Monteiro
» A Valsa com Bashir, Ari Folman
» Slumdog Millionaire, Danny Boyle
» A Onda, Dennis Gansel
» Persepolis, Vincent Paronnaud e Marjane Satrapi
» Garapa, José Padilha
» Scoop, Woody Allen
» Match Point, Woody Allen
» Big Fish, Tim Burton
» Le fabuleux destin d'Amélie Poulain / O Fabuloso Destino de Amelie, Jean-Pierre Jeunet
» Magnolia, Paul Thomas Anderson
» Blindness, Fernando Meirelles
» Sicko, Michael Moore
» Gato Preto Gato Branco, Emir Kusturika
» A Laranja Mecânica, Stanley Kubrick
» Vicky Cristina Barcelona, Woody Allen
» Marisa Monte
» Mesa: Para Todo o Mal
» Mike Patton
» Radiohead: In Rainbows
» Fausto Bordalo Dias
» Dave Matthews Band
» Deolinda: Canção ao Lado
» Fiona Apple: Extraordinary Machine
» Gaiteiros de Lisboa
» Incubus: Science
» Lume Big Band
» Kumpania Algazarra
» Maria Rita
» Olissipo
» Ornatos Violeta: Cão!
» Tora Tora Big Band
in matanzero.blogspot.com
O povo pertencia a um país chamado Timor-Leste a quem a liberdade chamou Lorosae. Saímos à rua e um país nasceu – não por nós, mas porque o país queria nascer. Mas saímos e rezámos e demos as mãos e fomos ao parlamento, a Estrasburgo, a Washington e New York e a verdade é que o país nasceu. Antes tínhamos saído à pressa de um território que durante 500 anos ocupámos, deixando ao abandono e à saciedade indonésia um território com povo lá dentro. Um povo que queria ser um povo de um território enfim deles mas que só por remorso e distância mereceu o nosso compadecimento – mas que mal ou bem conquistou a sua independência. Também porque saímos à rua e rezamos e demos as mãos e fomos a Estrasburgo, Washington, New York, sei lá, fizemos o que tinha que ser feito e não há mais ditos.
Imaginem outro país, mais perto. Alguém tinha fugido de lá e deixado à saciedade de outros um território com povo lá dentro, um povo que queria ser livre. Os outros entraram e não querem sair. Reconhecem a história?
Falo do Sahara Ocidental, onde passei a semana de Páscoa, junto de mais 42 portugueses, naquela que foi a maior delegação nacional a este país ocupado por Marrocos desde 1975, depois de Espanha ter fugido de lá. Eu e os meus companheiros, com as capacidades que temos, vamos tentar fazer com que, mais uma vez, por solidariedade genuína, os portugueses saiam à rua, rezem, dêem as mãos, se dirijam às instâncias necessárias, terrenas ou etéreas, para que, como Timor, também o povo Saharaui possa ser livre, num território que é o seu e que desejam porque é seu.
Vou aproveitar também este espaço para falar sobre a viagem e as experiências que vivi, que vivemos. Para discutir sobre a viagem e também sobre o que há a fazer para que, enfim, se fale mais da realidade do Sahara Ocidental, alterando a situação daquele povo que espera e luta por um país. Como já demonstrámos que somos capazes de fazer…"
Para quem não sabe, voar é uma coisa bastante fácil. Basta termos asas. Eu explico. O ar que passa nas asas divide-se em duas partes, uma passa por cima e cria uma depressão, a outra por baixo que dá sustentação. O melhor exemplo é soprar numa folha. Não vou dar mais termos técnicos porque acho que não é assim tão importante. O que é importante é a sensação em si.
Hoje voei sem sair de casa. Vi as fotos que guardo no computador e parecia que estava em casa. Chorei, ri e cantei enquanto bebia cerveja e fumava cigarros. A tarde parecia não acabar. Quem me dera estar com os meus amigos para partilhar estes momentos.
Percebi que não vou viver para sempre, e é realmente uma pena. Logo agora que eu estava a apreciar a vida!
Para quem me conhece, sabem que não desejo mal a ninguém, vê-se logo pelo meu sorriso quando alguém me dirige a palavra, mesmo que não conheça a pessoa. Um dia espero voltar e reencontrar os sorrisos que me fazem chorar de alegria.
O meu sonho continua. Voar, cada vez mais alto, e se cair a pique, não faz mal, desde que tenha um bom pára-quedas. Porque voar é a melhor sensação do mundo…
O tempo voa, e nós voamos com ele.
#02: estou furiosa porque as telecomunicações em Portugal são um mercado monopolizado, com preços absurdos e eu só quero um serviço de internet fixa em casa... só isso... não quero telefone, nem televisão por cabo, nem uma prestação mensal exorbitante! Onde é que está o choque tecnológico!?
#03: entretanto, nas últimas semanas, inspirada pela mensagem de Augusto Boal e por oportunidades criadas por bons amigos e familiares, levei um revigorante banho de teatro! Assisti:
» "A MÃE", de Bertolt Brecht, na Culturgest... absolutamente extraordinário! Ainda em cena, no Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães!
» "O PAI?", de August Strindberg, pelo Grupo de Teatro "Esteiros"... intenso!
» "OS MAIAS", uma adaptação muito interessante de António Torrado a partir da obra de Eça de Queiroz, no Teatro da Trindade... ficou aquém das expectativas, com um manequim no papel principal, rodeado de bons actores! Faltou o arrebator final (o mesmo que me arrebatou quando li o livro), era fácil... era só sairem a correr plateia fora pela vida e pelos amigos!
» "A FAN... FARRA", a partir de Karl Valentin, pelo CEGADA Grupo de Teatro, com os formandos da última Oficina de Teatro... a minha segunda família a crescer com muito talento e energia, o que é uma grande alegria!
» "ESTA NOITE IMPROVISA-SE", de Luigi Pirandello, uma co-produção ARTISTAS UNIDOS/Teatro D. Maria II... pela primeira vez fui ao Teatro Nacional para assistir a um espectáculo desconcertante... porque é importante desmontar a vida para percebê-la melhor!
Até breve!
MDC