segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Soneto do Trabalho

foto de Sebastião Salgado

Das prensas dos martelos das bigornas
das foices dos arados das charruas
das alfaias dos cascos e das dornas
é que nasce a canção que anda nas ruas.

Um povo não é livre em águas mornas

não se abre a liberdade com gazuas
á força do teu braço é que transformas
as fábricas e as terras que são tuas.

Abre os olhos e vê. Sê vigilante,
a reacção não passará diante
do teu punho fechado contra o medo.
Levanta-te meu povo. Não é tarde.

Agora é que o mar canta é que o sol arde
,
pois quando o povo acorda é sempre cedo!

um poema de José Carlos Ary dos Santos

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